Como a ineficiência estatal interfere e atrapalha o comércio de gás de cozinha.

Paulo Víctor Magalhães
2 min readJan 19, 2021

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Há quem pense que a venda de gás,por ser um produto essencial, seja uma venda fácil e de muito lucro. Geralmente esse tipo de pensamento vem de alguém que não sabe administração básica pois, a porcentagem de lucro em cima de um gás de cozinha é baixíssimo, ainda mais quando se tem dedo do estado influenciando o valor.

A grande maioria dos comerciantes do ramo de GLP — Gás liquefeito de petróleo- é considerado como pequena empresa. Um tipo de comércio que hoje em dia está em uma situação de,como dizem os antigos : vender o almoço para pagar a janta.

Toda essa situação, culpa única e exclusivamente dos órgão estatais.

Somente ao longo de 2020, o preço do gás sofreu reajuste em 10 vezes. Essas taxas variam entre 5% e 5,5%. Sendo deste reajuste, nove sendo realizado pela Petrobras.

Há a conversa de que, no período de isolamento social os botijões chegaram a faltar em algumas revendedoras, mas isso não passa de estória.

Em 2018, por exemplo, o gás de cozinha chegou há um aumento acumulado de 7,69%.

Em 2019,conforme o que o Sindigás relata em economia.ig , o preço se manteve estável. Mas estável para quem?

Segundo o Sindigás, tomando por base o levantamento de preços da ANP, o preço sofreu alterações de janeiro de 2019 a dezembro de 2020 de menos de 1%. Mas isso é real?

Tal pesquisa, é realizada pensando no consumidor final. Mas vamos aos comércios agora.

Para os comerciantes, em 2019, a Petrobras repassou aumento de gás para as companhias desde o início do ano até o mês de dezembro, exatamente seis altas de preço.

Desde o início do ano de 2019, todas essas altas foram acumuladas a cerca de 10% de aumento.

A mídia nunca noticia nada relacionado a este absurdo que os órgãos estatais fazem com os comerciantes de GLP. E, como sempre, as grandes corporações acabam ganhando.

Como Hans Hermann Hoppe disse uma vez, quando A e B se juntam para roubar C, colocando outras justificativas para camuflar e fantasiar as pessoas, isso não é justiça, é um ultraje moral.

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Paulo Víctor Magalhães

Bacharel em Administração, empresário, empreendedor e algumas vezes escritor.